E ali ele está... entrou no bar, dispensou uma mesa, sentou no balcão.
Pediu um Whiskey e antes do primeiro gole, tirou o gelo com os dedos. Seu olhar era vazio... sabia que estava errado. Sua cabeça pensava tantos “E se” que não conseguia nem formar uma frase para se explicar.
Depois do primeiro gole, começou a lembrar, quando tudo começou a mudar... ele não precisava de muito, precisava ser mais que um status, precisava ser a pessoa mais importante. Doeu quando, nos momentos que mais queria ser lembrado, não foi.
Todo o calor se foi, mas ele se lembrou de Shakespeare:
- “Amor, quando é amor não definha”
Ele amava, mas sentiu que amava só. Cada dia mais, um “e se” novo se formava, se construía... - reciprocidade é tão difícil assim? - frases de rotina não eram suficientes.
Ele procurou sentir o que faltava, ele tremia, sabia que era errado, mas ele precisava ser acolhido. Encontrou outro coração calejado, gritando por carinho... como foi diferente, como foi intenso... sua mão suava, sua cabeça não o deixava dormir - É tão errado querer sentir novamente? Ah... ela era diferente, sofreu tanto com a indiferença, que parou de entender seu valor... a cabeça pesava, mas cada minuto era intenso, e tudo que faltava, ela sabia suprir com maestria, tão natural que envolveu.
Até que, o que a cabeça temia, o coração sentiu, e o chão se perdeu.
Em seu último gole, pensou - Foi uma vida por uma aventura - Mas, a imagem do seu futuro vivia em sua cabeça, como seria... era isso que queria?
A confusão de sua cabeça ninguém seria capaz de entender... nem ele mesmo. Mas ela, que apareceu como um sopro de ar fresco em meio ao caos, entendeu e preferiu ficar, e todo dia uma palavra se faz forte...
Destino.
Beijos Amadores 😘
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