domingo, agosto 02, 2020

Restart

Um noite inteira, com o celular mão, olhando sua foto, minha última mensagem não lida, esperando loucamente esse “Visto por último” virar um “Online”, eu perdi o controle sobre mim, sobre meus sentimentos, sobre a minha cabeça, sobre o meu coração. Logo eu, que adoto o controle como meu porto seguro. 

Prometi que jamais alguém me deixaria assim, insegura, frágil, desprotegida. Você apareceu em um momento complicado, onde eu senti uma brisa leve de carinho, acolhimento... demorei um pouco para entender o que acontecida na minha cabeça naquele momento... 

Muitas águas passaram, conheci um alguém como eu... que procurava algo que não achava em nenhum lugar mais, nem mesmo ao lado daquela pessoa que compartilhou anos da vida ao seu lado. 

Ouvi suas palavras, entendi seu momento, tentei acalentar, mas como sempre... não é o suficiente. Eu tentei muito, mas me dei conta essa noite, que não precisaria tentar, se fosse para ser. 

Enquanto eu estava pronta, maquiada e te esperando, percebi que não viria, tomei uma taça de vinho e com ela fui capaz de me perguntar “Quem sou eu agora?” Sou aquela mesma menina, que teve o coração partido há anos atrás, e achou que não seria bom o suficiente para ninguém, a que era considerada “Tapa buraco”.

Me olhei no espelho enquanto limpava toda maquiagem do rosto, e me fiz uma promessa... 

Embora trate ele como gostaria de ser tratada, nesse momento, o tratará como ele te trata. 

Deito na cama, pego o meu celular e continuo na busca, entre todas as pessoas vazias, sem conteúdo, sem metas, sem expectativas, poder me convencer que, ainda existem pessoas.

Que valorizam pessoas que se doam de verdade.

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